As aventuras de um Algarvio no país das papoilas (e das bicicletas, e das meninas nas vitrines, e das drogas, e dos diques, ...)
Quarta-feira, 22 de Abril de 2009

Finalmente uns minutinhos para vos contar as últimas!

Começo pelas novidades da Holanda. Está linda e fresca! O sol tem brilhado, espalhando luz e boa disposição por toda a parte (a temperatura, no entanto, continua baixa), as árvores ganharam nova folhagem e os campos parecem paletes de pintor. No Domingo passado fui dar uma volta até Noordwijk, que fica ali na zona de "criação" das tulipas, e fiquei pasmado com o espectáculo de cores. São tapetes listados de vivas cores que nenhum outro "instrumento" para além do olho humano consegue captar em todo o seu esplendor. Lembrei-me imediatamente de uma amiga minha que adora cores vivas, acho que ia adorar!

Claro está que com estes dias de sol radiante, não me consigo obrigar a ir para casa ou ao ginásio. O meu passatempo preferido agora é sair do trabalho, procurar uma mesa vaga numa esplanada (nada fácil de encontrar, diga-se de passagem - pelo menos ao sol) e sentar-me a beber um copo de vinho e a ler um livro. Mas também, depois de um Inverno longo, escuro e frio, quem me pode levar a mal!?!?!?!

A propósito de livros, acabei o ensaio filosófico de Albert Camus "O mito de sísifo". Agora, para dar descanso à carola, estou a ler um romance de Camilo Castelo Branco "O Bem e o Mal".

No seguimento dos livros, algo sobre livros que se transformam em filmes! Ontem fui ao cinema ver o filme "The reader". Gostei mas fiquei decepcionado com o fim. Não sei se é por romantismo, se por querer fugir à realidade, a verdade é que prefiro finais felizes.

Agora novidades extra-Holanda. Não sei se já repararam nas fotos aqui ao lado? Se sim e se prestam atenção a detalhes, talvez tenham notado que as ditas cujas revelam paisagens com relevo, coisa que muito dificilmente se encontra na Holanda (só lá para baixo, para os lados de Maastricht). Pois é! Finalmente venci a inércia, o apego ao conhecido e familiar, dei corda aos ténis e fui passear até à Alemanha. Poucos quilómetros depois de atravessar a fronteira comecei a notar diferenças na paisagem. Vegetação e arvoredo diferentes e uma sucessão de montes e vales que me acompanharam até ao meu destino ( e que certamente continuavam para além do ponto onde parei). Fiz 420 km (aproximadamente) num país que passei a considerar um paraíso para qualquer automobilista: quilómetros e quilómetros de autoestrada com um bom tapete, sem portagens e praticamente sem limite de velocidade (digo praticamente porque existem uns poucos trechos da autoestrada onde há limite de velocidade). Parei numa cidade chamada Heidelberg, a meio caminho entre Frankfurt e Estugarda, situada num vale nas margens do rio Neckar. A parte antiga da cidade tem um mimoso ar medieval complementado pela ponte que une as margens do rio e pelo castelo sobranceiro à cidade. Apreciando o conjunto, torna-se mais fácil perceber porque muitos consideram Heidelberg a cidade mais romântica da Alemanha. Deixando o centro histórico para trás e subindo a encosta em direcção ao castelo, vão-se encontrando vários pequenos solares pelo caminho. O castelo e seus jardins (como que) suspensos dominam a paisagem. O melhor mesmo é verem as fotografias: http://fotos.sapo.pt/red_in_holland.

Uma curiosidade acerca do castelo: nas suas caves repousa o maior barril de vinho do mundo: com 7 metros de diâmetro por 8,5m de comprimento, tem uma capacidade de 221.000 litros.

Entre figuras conhecidas que viveram na cidade contam-se Goethe (poeta e escritor) e a Imperatriz Elisabeth (Sissi) da Áustria (se bem que esta só aqui viveu durante um Verão).

Acho que já chegam de novidades por hoje!

Despeço-me, deixando um abraço para todos.

Red in Holland

publicado por Red in Holland às 18:36